Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Coussarea nodosa (Benth.) Müll.Arg. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-05-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie não ameaçada, ocorre em diversas localidades e áreas protegidas em ampla extensão de ocorrência na Mata Atlântica. Tem sido coletada na última década em estados diferentes e em unidades de conservação.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Coussarea nodosa (Benth.) Müll.Arg.;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Coussarea longifolia ;
  • > Coussarea nodosa var. nodosa ;
  • > Coussarea nodosa var. umbellaris ;
  • > Faramea nodosa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Linnaea 23: 449. 1850.

Dados populacionais

Carvalho et al. (2007) amostrou 7 indivíduos numa área de 0,4ha, em um remanescente de Mata Atlântica submontana no município de Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro. Saiter et al. (2011) amostrou 4 indivíduos numa área de 0,5ha, em uma floresta urbana secundária no estado do Espírito Santo.

Distribuição

Espécie ocorre nos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Pereira, 2012; CNCFlora, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos, podendo chegar a pequenas árvores, variando de 2-4 m de altura; coletada com flores mais freqüentemente de Setembro a Novembro, com frutos até Agosto (Gomes, 2003); perenifolia ou não decídua, pois apresenta queda foliar concomitante com o brotamento (Martin-Gajardo; Morellato, 2003).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, seja, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões; Lino, 2003).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Adegradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espéciesexóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de ummanejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais desoja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano.Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde aerosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso degramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial àbiodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dosecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf eMelinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagensplantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo)está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzidacobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha daflora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Estação Ecológica do Pau-Brasil, no estado da Bahia; Estação Biológica Santa Lúcia, Estação Biológica da Caixa D'Água, Parque Municipal da Fonte Grande, no Espírito Santo; Parque Estadual do Brigadeiro, Reserva Biológica de São Lourenço, em Minas Gerais; Reserva Florestal do Curado, em Pernambuco, Parque Nacional da Tijuca, Reserva Biológica Poço das Antas, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Reserva Ecológica Rio das Pedras, Área de Proteção Ambiental do Cairuçú e Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro; e Parque Estadual da Serra do Mar em São Paulo (CNCFlora, 2011).

Referências

- CARVALHO, F.A.; NASCIMENTO, M.T.; BRAGA, J.M.A. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo de um remanescente de Mata Atlântica Submontana no Município de Rio Bonito, RJ, Brasil (Mata Rio Vermelho)., Revista Árvore, Viçosa, v.31, p.717-730, 2007.

- MARTIN-GAJARDO, I.S.; MORELLATO, L.P.C. Fenologia de Rubiaceae do sub-bosque em floresta Atlântica no sudeste do Brasil., Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.26, p.299-309, 2003.

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac, 2003.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.

- PEREIRA, M.S. Coussarea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB038726>.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

- SAITER, F.Z.; LIMA DAN, M.; THOMAZ, L.D. Floristic and structure of a secondary urban forest with a long history of man-made disturbances in Espírito Santo state, Brazil., Brazilian Geographical Journal, Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, p.69-85, 2011.

- GOMES, M. Reavaliação taxonômica de algumas espécies dos gêneros Coussarea Aubl. e Faramea Aubl. (Rubiaceae, tribo Coussarea)., Acta Botânica Brasilica, v.17, p.449-466, 2003.

Como citar

CNCFlora. Coussarea nodosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Coussarea nodosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/05/2012 - 18:59:47